Visto, câmbio e seguro viagem para a Rússia: o que você precisa saber
A Rússia é um destino que desperta muita curiosidade. Desde que comecei a compartilhar dicas de Moscou e São Petersburgo aqui no blog, recebi várias perguntas de amigos e leitores sobre idioma, gastos, visto, seguro viagem para a Rússia e outras questões que podem fazer toda a diferença no planejamento.
Se você está pensando em viajar para a Rússia mas não sabe bem por onde começar a organizar a viagem, dá uma olhada nessas perguntas que com certeza vão te ajudar!
Brasileiros precisam de visto para a Rússia?
Desde 2010, brasileiros que estão viajando a turismo por até 3 meses não precisam de visto para a Rússia. Isso significa também que a “carta convite” não é mais necessária para a maior parte dos viajantes.
Mas se você for desempenhar qualquer atividade profissional, trabalho voluntário, ações religiosa ou beneficente, estudos, estágios ou pesquisas científicas, você precisará solicitar o visto correspondente. Os documentos necessários para cada tipo de visto são informados no site do Consulado da Rússia.
Que documentos são exigidos numa viagem para a Rússia?
É exigido que o passaporte seja válido pelo menos 6 meses após a data da saída da Rússia – isso quer dizer que se a sua viagem é de 15/08 a 21/09, o seu passaporte deve ter data de validade de no mínimo 6 meses a contar do dia 21/09.
O serviço de imigração também pode pedir informações sobre a passagem de volta, reserva de hospedagem e disponibilidade de meios financeiros (provar que você tem dinheiro o suficiente para se manter até a data de volta para o seu país).
Se você usar o Booking para fazer sua reserva de hotel, uma dica boa é usar a opção de imprimir (ou salvar em PDF) a confirmação da reserva no idioma local, para os russos entenderem todas as informações (endereço etc.).
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Preciso tomar vacina para entrar na Rússia?
A Rússia não exige nenhum tipo de certificado de vacinação para entrar no país. No entanto, a Anvisa recomenda que os viajantes brasileiros tomem vacina contra malária e sarampo antes de viajar para lá, além da vacina contra febre amarela, que é recomendada para diversos destinos do mundo.
Devo fazer um seguro viagem para a Rússia?
O seguro viagem não é obrigatório na Rússia, mas é obrigatório na maior parte da Europa – então, se o seu vôo para a Rússia tiver conexão em algum país europeu, você precisará ter um seguro viagem para passar pela imigração antes de continuar a viagem.
Contar com um seguro viagem também pode ter outras vantagens, como o suporte de uma equipe de atendimento em português/inglês (pelo menos você não tem que se virar em russo na hora do perrengue), assistência em caso de extravio de bagagem, perda ou furto de documentos, assistência jurídica etc.
Além disso, é ótimo contar com suporte 24h, pois imprevistos não têm hora para acontecer e o fuso horário da Rússia tem 6 horas de diferença para o nosso.
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Escolho o seguro viagem para a Europa ou para Ásia?
Como o território da Rússia vai da Europa até a Ásia, é comum a confusão na hora de preencher o formulário nos sites de seguro… O seguro viagem para a Europa também vale na Rússia e é a melhor opção se você vai usar uma companhia aérea europeia ou se você vai incluir cidades da Europa no seu roteiro.
Escolher um seguro viagem para a Ásia só faz sentido se você for fazer o roteiro Transiberiano e seguir para o oriente. Mas se o seu roteiro for longo e tiver cidades em continentes diferentes, considere o seguro Multi Trip.
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Como ir de Moscou para São Petersburgo?
A melhor maneira de viajar de Moscou até São Petersburgo é de trem. Nós viajamos no Sapsan, que é um trem de alta velocidade, e levamos apenas 4 horas no trajeto, mas há quem prefira pegar o trem noturno que leva umas 8 horas mas é bem mais barato. Aqui você encontra um tutorial muito útil (em inglês) para comprar passagem de trem pelo site oficial da Russian Railways.
Avião não costuma valer a pena pois os aeroportos nas duas cidades ficam muito distantes do centro, você acaba perdendo mais tempo e a economia não compensa.
Mas, se você quiser conferir, pode ver as opções de voo no site Skyscanner ou diretamente nos sites de companhias aéreas russas – como a S7 Airlines, a Nordwind e a Aeroflot. Atenção para o fato de que Moscou possui 3 aeroportos, então observe direitinho na hora de planejar sua logística.
Como são as tomadas na Rússia?
A Rússia usa tomadas tipo F, com dois pinos redondos. Tem uma estrutura redonda em volta por segurança (fio terra etc) mas normalmente são compatíveis com plugs do modelo europeu (tomada tipo C) ou o modelo que o Brasil usava uns anos atrás.
O que você precisa observar é se os seus aparelhos eletrônicos são bivolt, pois a voltagem padrão na Rússia é de 220v, diferente das tomadas do Brasil, onde o mais comum é 110v. Mesmo que a tomada encaixe, se você ligar um aparelho 110v numa tomada 220v, ele provavelmente vai queimar.
Que moeda levar para a Rússia? Cartão de crédito vale a pena?
Não vale a pena tentar comprar rublos por aqui, é melhor levar dólares ou euros para fazer o câmbio lá mesmo. Não compensa levar reais, pois a demanda pela nossa moeda na Rússia é baixa e o valor do câmbio não é favorável.
O melhor é levar euros, pois pela proximidade com a Europa a cotação tende a ser melhor. Caso você tenha dólares que sobraram de outras viagens, a moeda é bem aceita. Mas se for para comprar uma moeda forte agora, prefira euros mesmo.
Troque o mínimo necessário no aeroporto (tente pedir notas menores) e deixe para comparar cotações nas casas de câmbio do centro da cidade.
O cartão de crédito também pode ser uma boa opção, pois a taxa de conversão do banco tende a ser mais favorável do que a das casas de câmbio (especialmente porque você terá que trocar duas vezes: primeiro comprar dólar/euro e depois comprar rublo). É fácil encontrar caixas automáticos para fazer saque (e com opção para idioma inglês!).
É verdade que os russos não falam inglês? Dá pra se virar?
Na minha primeira viagem para a Rússia, em 2014, eu senti bastante falta de informações traduzidas nos museus, nas estações de metrô etc. Mas na segunda vez que viajei para lá, em 2016, percebi que as placas em inglês já estão aparecendo com mais frequência e que há mais jovens russos falando outras línguas (globalização, internet, Copa do Mundo, coisa e tal).
É verdade que em boa parte dos restaurantes e bilheterias pode ser difícil encontrar atendimento em inglês, mas por outro lado os russos demonstraram boa vontade de nos entender e em algumas situações teve gente que se ofereceu para nos ajudar :)
Neste post aqui eu dou dicas para decifrar o alfabeto cirílico e aprender algumas palavrinhas básicas em russo. Vale a pena tentar se comunicar e manter o espírito esportivo: um pouquinho de choque cultural faz parte da experiência e, com paciência e educação, tudo dá certo!
Quanto custam as coisas na Rússia?
A moeda da Rússia é bem desvalorizada (1 Real = 18 Rublos), mas a conversão engana, porque tudo custa centenas de rublos… rs! Para ter uma ideia dos preços na hora de preparar o orçamento de viagem: os museus em Moscou custam de 250 a 450 cada (cerca de 15 a 25 reais) e um passe com 20 passagens de metrô custa 750 rublos (3 reais cada passagem).
Os restaurantes é que variam bastante (falei sobre restaurantes na Rússia aqui no blog), você pode calcular de 600 a 1.200 rublos por refeição (30 a 60 reais). Como muitos hotéis não incluem café da manhã, vale a pena comprar pães e frutas no supermercado, que é muito mais barato que tomar café na rua e ajuda a equilibrar o orçamento.
Em São Petersburgo, os preços costumam ser mais em conta, mas as atrações (Palácios etc.) têm ingressos mais caros, custam uns 700 rublos (40 reais).
O que fazer na Rússia? Quais são as atrações imperdíveis?
Moscou e São Petersburgo são as cidades mais visitadas da Rússia. São duas cidades enormes e absolutamente lindas, com muita coisa para ver e fazer!
As atrações mais imperdíveis de Moscou são o Kremlin, a Catedral de São Basílio e o Teatro Bolshoi. Já em São Petersburgo, não podem ficar fora do roteiro o Hermitage e os palácios de Peterhof e Tsarskoe Selo. São realmente lugares que merecem a fama!
Mas também tive boas surpresas com museus menores, dedicados a tema específicos, como o Museu da Cosmonáutica, o Museu Erarta de arte moderna, o Bunker 42 (que é um abrigo antiaéreo da Guerra Fria) e o Museu do Arcade, que é um fliperama do período soviético, super divertido!
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