Paris, a cidade feita de dicas
Paris tem aquelas atrações obrigatórias, que você não pode deixar de visitar. Quem passa pouco tempo na cidade parece ter uma gincana a cumprir! Mas tem mais um monte de lugares que a gente conhece à medida que anda pelos tantos arrondissements… E são essas pequenas descobertas que fazem a gente experimentar o charme parisiense comme il faut.
Mosquée de Paris
A principal (quiçá a única) mesquita de Paris. Vale a pena conhecer não apenas pela arquitetura mas também pelo restaurante de comida marroquina que fica ali – é delicioso e bem em conta. Os pratos são bem fartos: quando fui lá, pedimos 2 pratos para 4 pessoas.
Ao final da refeição, é difícil resistir aos doces árabes que vêm numa bandeja bem grande à sua mesa para você escolher. Bem na entrada tem um pequeno jardim com mesas onde é servido o tradicional chá de menta e se pode fumar narguilê (que eles chamam de shisha).
Vale muito a pena e é uma boa tanto para um almoço quanto para um fim de tarde – para quem viaja em época de frio, tem um jardim interno que, se bem me lembro, era aquecido.
A Mesquita fica próxima à estação Censier-Daubenton (metrô linha 7), ao lado do Jardin des Plantes e do Museu de Historia Natural, então se for passar por lá aproveita e junta as duas coisas!
Falafel
Não sei se vocês conhecem, mas falafel é o nome de um bolinho de grão de bico típico árabe. é uma delicia e o melhor falafel de Paris (e, na opinião de alguns, o melhor do mundo ocidental) fica no Marais.
O nome do restaurante é L’as du Falafel e o endereço é Rue des Rosiers, 34. Pode pedir no balcão um sanduíche take away (vente à emporter) ou sentar no salão. No salão tem algumas opções a mais, mas eu sou fã do sanduíche..pedia sempre!
Brechós
Não cheguei a fazer o circuito inteiro de brechós mas, dos que eu fui, o Free’p’Star foi o que mais agradou. É razoavelmente organizado, mas também vale olhar as pilhas de roupa que ficam bagunçadas no canto porque dá para achar peças bem interessantes!
Funciona aos domingos e fica aberto até tarde, ao contrário da maioria das lojas em Paris. Tem 3 lojas que ficam em uma área chamada “Le Marais”, é um grande point parisiense, do qual eu falo mais no próximo tópico…
Le Marais!
Essa é a área gay de Paris… É interessante andar por essas ruas porque é lá que se encontram restaurantes interessantes, lojinhas de tudo quanto é jeito e com ótimos achados, além de galerias de arte.
Sugiro descer na estação de Saint-Paul ou Hôtel de Ville (ambas na linha 1) e desvendar as ruas na região, principalmente Rue du Temple, Rue des Rosiers, Rue Vielle du Temple, Rue Sainte-Croix de la Bretonnerie. Não cheguei a entrar mas vi vários bares na região que ficam lotados na happy hour.
Macarons
Os tradicionais docinhos franceses (que na realidade foram criados na Itália) são uma tentação. Você deve lembrar deles do filme Maria Antonieta, da Sofia Coppola. Os que eu mais gosto são os da Pierre Hermé, que tem loja no subsolo da Galeria Lafayette e em vários outros lugares na cidade.
Não se deixe enganar pelas combinações estranhas como azeite de oliva e tangerina, são muito boas, vale a pena experimentar! A Ladurée é muito famosa também, mas eu acho os macarons deles muito doces, e alguns com sabor meio artificial…
Dica nos restaurantes
Em todos os restaurantes a gorjeta já vem inclusa no preço das comidas ou bebidas, daí vale deixar um extra se quiser, mas também não é desfeita se você não o fizer. Por esse mesmo motivo, os preços podem variar se você pedir para levar, comer no balcão ou sentar-se à mesa.
Na grande maioria dos lugares, dos chiques aos simples, você pode pedir por uma jarra de água de pia, que não é cobrada e perfeitamente saudável de se beber (todo mundo pede, não se acanhe… hahaaha). É só pedir por uma carafe d’eau (pronuncia-se “dô”): “Une carafe d’eau s’il vous plait”.
Basilique du Sacré Coeur de Montmartre
Infelizmente não andei muito por Montmartre, mas vale a pena conhecer pois é um bairro muito famoso por seu charme e sua veia artística. A Basílica de Sacre Coeur é bem bonita e tem uma vista boa da cidade pois fica no alto de uma colina.
Geralmente se recomenda descer em Pigalle e subir pelas escadarias da frente da basílica, mas eu não acho bom pois as ruas são lotadas de turistas e gente tentando te vender coisa.
Para mim, a melhor maneira é subir pela rua de trás da Basílica! Agora sim uma subida tranquila, sem muitos turistas e alguns pequenos parques frequentados em sua maioria pelos parisienses. A dica é descer na estação Lamarck-Caulaincourt (metrô linha 12) e subir o morro que estará atrás de você.
Na rua Saint-Vicent tem o Lapin Agile, que era um dos cabarés mais antigos e hoje é um bar. Na época era frequentado por Pablo Picasso e outros famosos pintores, escritores e pensadores que moravam em Paris.
Logo em frente fica a Vinícola de Montmartre – se não me engano, a única ainda em funcionamento na cidade. Continuando essa rua você chega à Basílica. Ali por perto também fica o museu Espace Dalí (eu não fui mas minha irmã disse que é muito bom!).
Se você quiser conhecer Montmartre melhor e ouvir algumas das histórias dos artistas que frequentavam a região, uma opção é fazer o tour da Sandeman’s New Europe – veja a dica no post “Os contadores de história“.
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