Khaosan Road e Grand Palace: pontos turísticos de Bangkok
Já estávamos em Bangkok há dois dias, aprendendo a lidar com o ritmo intenso da cidade, quando enfim fomos visitar o Grand Palace, o maior ponto turístico da capital tailandesa.
O complexo do palácio abriga um dos mais importantes santuários do país, o Templo do Buda de Esmeralda, que fica em meio a inúmeras esculturas e ornamentos de ouro.
A origem dessa imagem de Buda é desconhecida – a estátua foi encontrada já pronta, sem que se soubesse o autor. Pelo tom de verde, ficou conhecida com esse nome, mas na verdade é feita de jade.
O mais impressionante é que foi talhada em uma única peça da pedra preciosa, inteiriça, com 66 centímetros. Repare na roupinha do Buda, que o Rei da Tailândia troca a cada estação.
O Grand Palace, que começou a ser construído em 1782, foi residência da família real tailandesa até 1925, e hoje é usado para cerimônias oficiais. Quando o Rei Rama VIII foi assassinado, seu irmão que assumiu o trono optou pela mudança para o Palácio Chitralada.
Fiquei fascinada pelos telhados ornamentados, pelas cores e pelos detalhes na arquitetura. Não se assuste com os demônios na entrada, eles servem para proteção (imagino que sejam como as tradicionais carrancas brasileiras).
Cada pedacinho tem uma simbologia e vale prestar atenção aos desenhos nas paredes. Notamos particularmente os animais: os macacos representam aliados habilidosos e os elefantes, além de muito valorizados, eram usados nas batalhas assim como os ocidentais usavam cavalos (apesar de serem mais lentos, os elefantes são muito fortes).
Em um dos pátios do palácio, há uma enorme maquete de Angkor Wat, como lembrança de que aquele território já pertenceu à Tailândia, antes do Camboja pedir proteção à França.
O salão do trono real tem decoração inspirada no estilo europeu, com retratos dos monarcas da Dinastia Chakri. Curioso é que os assentos dos monges ficam um nível acima do trono do rei, tamanho o valor da religiosidade para os tailandeses.
Aqui e ali, reparamos alguns detalhes em rosa e roxo – a primeira é a cor nacional, a segunda é a cor que simboliza o rei. Ao contrário dos ocidentais, eles não veem nenhuma conotação infantil ou feminina nessas cores.
Como em praticamente qualquer monarquia, o desgaste político fica por conta do Primeiro Ministro – preservando a imagem do rei, que promove diversos projetos de benfeitoria e é muito querido pelo povo. Como ele não anda bem de saúde, a preocupação de todos era perceptível durante a nossa viagem.
À tarde, enfim, era hora de a gente se perder pelas ruas de Bangkok e sentir a agitação da capital. Fomos explorar a movimentadíssima Khaosan Road com os nossos amigos gringos.
Você vai reconhecer: essa rua foi cenário para a noite de loucuras do segundo filme “Se beber, não case”.
Essa é uma região muito turística, infestada de lojinhas e camelôs. Boa parte das barraquinhas tem as mesmas estampas de camiseta, os mesmos produtos baratos.
Se você não tem calças largas para usar nos templos, não terá dificuldade de encontrar uma para comprar aqui.
Não faltam ofertas de massagens tailandesas, com cadeiras espalhadas sobre as calçadas. Nós experimentamos uma massagem tradicional no Shewa Spa (que fica na rua Rambuttri, paralela à Khaosan Road).
Há outros spas mais baratos, mas esse é muito bom, bem decorado e espaçoso, e o serviço é bem profissional.
Para encerrar o dia, entre as infinitas opções de bares e clubs, escolhemos o restaurante My Darling (também na rua Rambuttri), com suas varandinhas e mesas ao ar livre. Foi ali que me apaixonei por uma das mais típicas sobremesas da Tailândia: manga com arroz doce.
Nosso hotel em Bangkok era bem nessa região, pertinho da Khaosan, e nós gostamos muito do serviço e do café da manhã. Um bom lugar para começar nossa viagem pela Tailândia!
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