Como fazer as malas: mitos e verdades
A hora de arrumar as malas para uma viagem é sempre um dilema: a gente quer ser prático mas sem deixar nada faltar. O que não falta é dica de como fazer as malas! Todo mundo tem sempre um pitaco pra dar, mas a verdade é que muitas dessas dicas não funcionam na prática. Por isso eu compartilho aqui as melhores e as piores dicas de como fazer as malas que já recebi :)
Leve roupas de tecidos que não amassam e de secagem rápida – Boa!
Lavar roupa durante a viagem é uma necessidade e uma regra básica para quem quer uma bagagem leve, mas já tive roupas que encolheram em secadora. Então o ideal é deixar de fora aquelas peças que exigem muitos cuidados na lavagem, para poder botar na máquina sem se preocupar. Tecidos que não ficam amarrotados são melhores por dois motivos: 1) a roupa passa dias apertada dentro mala e 2) muitos albergues têm lavanderia, mas encontrar ferro e tábua é mais difícil…
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Vista-se em camadas e não ocupe espaço com casacos grandes – Furada!
Discordo largamente dessa dica, porque acho um saco empilhar sweaters e blusas quando estou em lugares realmente frios. Normalmente os metrôs, museus e restaurantes têm aquecimento e é super incômodo tirar e colocar as camadas de roupa várias vezes por dia. Prefiro ter um casacão bem quente e usar uma roupa normal e confortável embaixo.
Acho que as tais camadas só funcionam em lugares com menor variação de temperatura. Se você está levando roupas de frio só por precaução, alguns sweaters e blusas de manga comprida podem resolver. Mas se for viajar durante um inverno rigoroso, invista em bons casacos. Eu adoro a minha Ultra Light Down Jacket da Uniqlo, que é resistente a água e não ocupa muito espaço, porque é super compacta.
De qualquer forma, eu não dispenso cachecol e earmuffs (protetor de orelha que parece um headphone). Esses acessórios fazem a maior diferença e diminuem muito o desconforto do frio!
Carregue uma muda de roupas na mala de mão – Boa!
Há sempre o risco de ter a mala extraviada e ter pelo menos um banho garantido já é uma tranquilidade… E eu também já passei por uma situação menos comum, porém bastante incômoda: meu voo foi cancelado depois de ter despachado as malas e passei mais de 12h no aeroporto bancando o Tom Hanks no Terminal. Foi ótimo ter pelo menos uma blusa e uma escova de dente à mão.
Carregue consigo também os documentos, cartões e dinheiro, além dos aparelhos eletrônicos. Mas leve para a viagem apenas os gadgets realmente necessários – afinal, essa pode ser uma ótima oportunidade para “se desligar” da rotina e não dá para ignorar o risco de submeter seus valiosos eletrônicos aos translados. Ao chegar lá, certifique-se de manter os aparelhos sempre em local seguro nos hotéis ou albergues (cofres, lockers e tal).
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Leve roupas básicas e coisas que combinem entre si – Boa!
Esse é o jeito de tirar o máximo proveito de uma mala simples. Aí você pode levar acessórios que ocupam pouco espaço para variar o visual, como cachecóis, lenços, meia-calças etc. O mesmo vale para os sapatos: um chinelo, um tênis e um mais arrumadinho bastam.
Aliás, se você é como eu e gosta de andar o dia todo pelas cidades, leve apenas seus sapatos mais confortáveis e não invente de comprar calçado novo para a viagem, é melhor usar o que você já está acostumado. Também é bom ter uma mochila pequena ou uma bolsa de mão para para passear pela cidade ou sair à noite.
Vista as peças mais volumosas para não ocupar espaço na mala – Furada!
Essa é uma dica que já ouvi várias vezes, mas defendo que esse recurso seja usado apenas na volta, quando você mais precisa abrir espaço na mala para guardar o que comprou ou enfiar de volta as roupas bagunçadas. Pode ser a maior furada viajar de bota e outras peças volumosas, porque isso atrapalha na hora de ser revistado pela segurança do aeroporto. Acho que o mais importante é viajar com roupas confortáveis.
Sempre lembro daquela cena do filme Eurotrip em que os caras vestem tudo o que tinham na mochila para viajar sem bagagem.
Compre os produtos de higiene quando chegar na cidade de destino – Furada!
Quem dá essa dica diz que é para economizar espaço na mala, mas eu prefiro levar de casa. Primeiro porque gosto de ter essas coisas à mão logo quando chego no lugar, segundo porque assim não perco tempo indo comprar sabonete e tal, além de não gastar meu orçamento de viagem com essas coisas. Se na volta a mala ficar mais cheia, simplesmente deixo os frascos de shampoo para trás.
Vale lembrar que há restrições em voos internacionais quanto ao volume de líquidos na bagagem de mão: as embalagens devem ser pequenas, até 100 ml, e guardadas em um saquinho plástico transparente que possa ser selado, tipo Zip Lock. Mais do que isso, é preciso despachar (embrulhe em sacos plásticos para não vazar na mala).
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Ainda no quesito higiene, uma coisa que descobri é que sabonete líquido é uma ótima opção para quem vai fazer roteiros com muitas paradas. É bem mais fácil secar e guardar a garrafinha depois do banho do que ter que continuar viagem com uma barra de sabonete toda molhada!
Leve uma capa ou guarda-chuva – Boa!
Quem já desembarcou em uma cidade debaixo de temporal sabe o valor de um guarda-chuva. Em alguns países, a segurança do aeroporto implica com guarda-chuva na bagagem de mão, então é melhor deixar na mala que será despachada. Levo sempre um bem simples, de camelô, caso eu precise deixá-lo para trás quando a mala encher ou por algum outro motivo qualquer. Mais esperto ainda é ter uma capa de plástico para cobrir a mochila (ou mala, enfim). Imagina o atraso de vida que é ficar com toda a sua bagagem molhada!
Amarre um laço na sua mala – Boa!
Não precisa ser um laço, mas se a bagagem for preta ou de outra cor comum, não é má ideia pendurar alguma coisinha para ajudar a identificar a mala na esteira do aeroporto quando desembarcar. O mais importante é usar algum tipo de tag ou etiqueta para identificar sua mala com seu nome, país de origem, email e telefone.
Quer mais dicas de como fazer as malas?
Você pode buscar instruções de como arrumar a mala em sites como e-How, além de alguns vídeos como esse no Youtube. E acredite: já consegui viajar por 2 semanas em pleno inverno europeu com apenas 1 mochila de mão. Não precisa ser tão radical quanto o cara do No Baggage Challenge que rodou o mundo só com o que cabia nos bolsos, mas é possível viajar com pouca coisa, sim!