Se eu pudesse voltar a Munique
Quando estávamos planejando nossa viagem pela Alemanha, uma amiga disse que 2 dias eram suficientes para conhecer Munique. Depois de passar 4 deliciosos dias na cidade, concluí que ela estava redondamente enganada. Vocês já sabem todas as coisas sensacionais que rolaram na nossa viagem, mas ainda tinha muito mais na minha listinha de o que fazer em Munique! No fim das contas, esses 5 passeios que eu gostaria de ter feito se tivesse tido mais tempo se tornaram 5 ótimos motivos para eu querer voltar:
Palácio de Nymphenburg
Residência de verão da família real da Baviera, esse palácio ficou famoso pela “Galeria das Beldades”, uma coleção de 36 retratos das mulheres mais bonitas de Munique em meados de 1800. Não consegui confirmar em fontes oficiais, mas dizem as más línguas que elas eram as amantes do rei Ludwig I (avô do Mad Ludwig, que fez o Castelo de Neuschwanstein), e que ele gostava que sua esposa visse as pinturas para saber que foi escolhida por ele entre tantas outras mulheres.
Nyphemburg fica a apenas 20 minutos do centro de Munique, e é possível ir de metrô (é só descer na estação Rotkreuzplatz e pegar o tram para “Schloss Nymphenburg”) ou de S-Bahn (descer na estação Laim e pegar o ônibus com o nome do palácio).
Palácio de Linderhof
O menor dos três castelos de Mad Ludwig, foi o único que o rei viu concluído (lembra que no post sobre o Castelo de Neuschwanstein a gente conta que a obra ficou pela metade?). Linderhof é tipo uma “caixinha de joias”, pequeno mas riquíssimo em cada detalhe. A admiração que Ludwig II tinha por Louis XIV, Maria Antonieta e outras figuras da monarquia francesa fica clara com as referências ao Palácio de Versalhes – a escada principal que é uma versão em menor escala da Escadaria dos Embaixadores.
Linderhof também tem sua Galeria dos Espelhos, onde Ludwig gostava de ler à noite, com as velas refletidas por todos os lados. Eu adoraria ter tido um dia para ver tudo isso de pertinho! Também deve ser legal andar pelos jardins e os prédios secundários – o trono decorado com pavões no Kioske Mourisco deve ser um espetáculo! Só um rei extravagante como Mad Ludwig poderia ter um trono desse! Para chegar lá, tem que pegar um trem de Munique a Oberammergau e depois um ônius até o castelo.
Tour sobre o 3º Reich
Munique tem a infeliz fama de ser o local de origem do movimento nazista. É interessante aprender um pouco mais sobre a história da Alemanha e sobre o contexto que levou à ascensão de Hitler. Nós tivemos uma palinha no walking tour e depois vimos muitas outras partes da história em outras cidades da Alemanha e da República Tcheca, mas deve ser impressionante fazer o tour completo pelas mesmas ruas onde tudo começou.
Campo de Dachau
Visitar um campo de concentração é uma experiência bastante pesada e triste, mas é um aprendizado e tanto. Dachau teve um papel muito estratégico para o regime nazista, era considerado o campo de concentração modelo, onde os soldados eram treinados para gerir os demais campos. Não chegou a ter câmara de gás, mas mesmo assim matou 30 mil de seus 200 mil prisioneiros. Uma vez ouvi um alemão dizer que, apesar de esse período da história ser terrível, era preciso “jamais deixar esquecer, para jamais deixar repetir”.
Torres da Frauenkirche e de Alter Peter
Ver uma cidade histórica de cima é muito legal e faz a gente entender melhor o lugar que está conhecendo. Tive essa experiência em Praga, quando subi a torre do Relógio Astronômico, e acho que seria bacana fazer o mesmo em Munique. Essas duas igrejas têm torres abertas ao público – a primeira tem elevador mas ainda exige a subida de 86 degraus, já para chegar ao topo da segunda não há outra forma senão encarar a escada de 306 degraus. Como o centro da cidade não é tão grande, dá para ver bem os prédios e ruas lá de cima. É completamente diferente da vista que se tem da Torre de TV do Olimpiapark, que fica numa área mais afastada e bem mais moderna.
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