O Museu da Imagem em Movimento, no Queens
Muito mais do que um museu do cinema, o Museum of the Moving Image, em Nova York, fala sobre todo tipo de imagem em movimento e mostra como as diferentes produções audiovisuais fazem parte do nosso dia-a-dia e da nossa cultura: não apenas o cinema mas também a TV, as animações e os videogames.
Para quem é iniciante em cinema…
O Museu da Imagem em Movimento não é um museu técnico – e, como tem muitos elementos da cultura pop, a gente consegue reconhecer os temas enquanto descobre um pouquinho dos bastidores do cinema e dos programas de TV.
A exposição permanente mostra desde os equipamentos de gravação e as maquetes de montagem dos cenários até os figurinos e as peças de merchandising – como bonecos de coleção.
Cada sessão é pequena e rápida de ver, mas juntas todas vão mostrando as evoluções tecnológicas e a história do entretenimento nos Estados Unidos.
O acervo tem algumas memorabilias curiosas, como o boneco de animatronica usado para fazer o personagem Yoda nos primeiros filmes de Star Wars.
Mas o grande trunfo são os estúdios interativos em que você pode fazer dublagem, criar efeitos sonoros e até escolher as câmeras para simular a transmissão de um jogo de futebol na TV :)
As atividades são todas simples, dá para fazer com crianças… Ou brincar de ser criança colocando som de gatinho nos dinossauros do Jurassic Park :D
E também é impossível resistir ao corredor dos videogames, com máquinas de fliperama para jogar os arcades clássicos como PacMan, Donkey Kong, Space Invaders e vários outros!
Para quem entende do assunto…
As exposições temporárias podem ter boas surpresas para os cinéfilos de carteirinha. Durante a minha visita, o homenageado era o diretor Martin Scorsese, nascido ali mesmo no Queens novaiorquino.
Foi divertido descobrir mais sobre a vida de um dos grandes diretores americanos e os filmes criados por ele.
Os processos criativos, a temática dos crimes e, claro, os atores com quem ele teve parcerias notórias nas diferentes fases da carreira: Robert De Niro e Leonardo Di Caprio.
O Fábio, do blog Viagens Cinematográficas, comentou comigo que na época em que ele esteve no museu, estava em cartaz uma exposição divertidíssima sobre videoclipes de música – que sempre foram um espaço de experimentação estética no audiovisual.
Também já teve uma exposição sobre a série Mad Men, com recriação dos cenários do escritório e da cozinha de Don Draper, além dos figurinos arrasadores da Joan ♥
Vale muito a pena conferir a programação do museu no período da sua viagem. A cada temporada tem também alguns workshops e cursos de curta duração de animação, edição e outros temas interessantes.
Também são realizadas exibições de filmes clássicos e contemporâneos, com sessões de debates no auditório.
Para completar, nenhum fã de cinema e cultura pop pode sair do Museum of the Moving Image sem passar na loja do museu.
Tem objetos de decoração, colecionáveis, livros de entrevistas com grandes diretores, de fotografia e de ilustração, que a gente não encontra em qualquer lugar.
Locação da série White Collar
O Museu da Imagem em Movimento aparece na série White Collar como o fictício Gershon Museum, onde o personagem Neal Caffrey conhece Rebecca, durante a missão do Musconi Codex.
Eu, que adoro a série, logo reconheci as letras em neon da fachada e o salão do museu onde Neal e o agente do FBI Peter Burke decifram a pista de um de seus casos mais intrincados, com desdobramentos ao longo de toda a 5ª temporada!
Como chegar no Museum of the Moving Image
Em Manhattan dá para pegar as linhas N ou W do metrô e ir direto até o Queens em menos de 15 minutos. O museu fica a poucos quarteirões da estação 36 Avenue em Astoria. Se pegar as linhas R ou M, a estação mais próxima é Steinway Street.
O ingresso custa US$ 15 e é importante observar os horários de funcionamento, que variam bastante: quarta e quinta das 10h30 às 14h, sexta das 10h30 às 20h (entrada grátis a partir das 16h) e nos fins de semana de 11h30 às 19h. O museu não abre às segundas e terças.
Se quiser almoçar por ali, tem um restaurante Applebee’s a um quarteirão do museu.