Fim de semana perfeito em Saint-Tropez
Em setembro, no último verão europeu, fiz uma viagem linda de 10 dias pelo sul da França para conhecer a Côte D’Azur. Meu roteiro começou em Nice, de onde fiz vários passeios bate-e-volta para conhecer as cidadezinhas da região e as praias que ficam entre Nice e Mônaco. Depois, tirei um fim de semana para para curtir a vida boa de Saint-Tropez e descobrir por que, afinal, as praias de lá são tão famosas :)
Existem alguns barcos que vão de Nice pra Saint-Tropez, mas infelizmente eles não saem todos os dias e na sexta-feira da minha ida pra Saint-Tropez não tinha nenhum. Então, como eu não queria dirigir, a opção era pegar 1 hora de trem de Nice a Saint Raphäel (TGV saindo da Gare Nice Ville, € 18) e de lá seguir mais 1h30 de ônibus (linha 7601, saindo do terminal ao lado da estação de trem, € 3).
Cheguei em Saint-Tropez ainda pela manhã e me larguei na cidade! Amei esse lugar e pretendo voltar mais vezes! A cidade tem a mesma energia boa de Búzios, no Rio de Janeiro. Deixei as coisas no hotel e sempre o primeiro lugar a ir é o posto de turismo pra pegar o mapinha e as orientações básicas.
Centro histórico de Saint-Tropez
Me apaixonei ainda mais pela cidade a cada momento! Passeei pela Vieille Ville, a Citadelle, o Vieux-Port e a charmosa Place des Lices – a pracinha central com vários cafés e bistrôs, onde aos sábados tem a feirinha livre e à noite todo mundo joga bocha.
A Vieille Ville é lindaaaa! É o centro histórico da cidade – um emaranhado de ruazinhas, todas com casinhas também em tons de ocre e terracota… Muitos restaurantes, barzinhos, gente bonita pra todo lado, várias lojinhas e galerias de arte. Às vezes você acha que vai se perder, mas não vai não, porque sempre acaba saindo num lugar conhecido, rsrs
No alto da Vieille Vile, a gente encontra a Citadelle, um forte do século XVI – que nem preciso dizer que tem uma vista divina da cidade, né? E em 360°….
Voltando ao centro histórico, cheguei na rua do porto (Quai Frédéric Mistral, que depois vira Quai Jean Jaurès e vai mudando de nome) onde se concentram as lojas de grife, restaurantes, bares e sorveterias. No Vieux-Port, iates de todos os tamanhos e navios mais altos que os prédios da cidade, rsrs.
Imperdíveis são os “sonhos gigantes” da La Tarte Tropézienne, uma pâtisserie da década de 50 com doces que dão água na boca! hmmmmm
A noite em Saint-Tropez
Quando o dia está entardecendo, é a hora da galera tirar a espadrille tropézienne do pé… Começa o desfile de cabelos escovados, rostos maquiados, saltos altos, saias curtas, bolsas Louis Vuitton e carrões. Muita gente chega pra pegar o por do sol curtindo um drink nos barzinhos, e os mais cheios são o Sénéquier e o Café de Paris (Quai Jean Jaurès).
Pra jantar, existem muitos restaurantes na rua do porto, com diferentes preços (diferentes mesmo – em alguns, cada prato sai com três dígitos). O melhor crepe, com preço justo, é o da Crêperie Bretonne (Quai Frédéric Mistral), feito com farinha de trigo sarraceno e massa fininha, fininha… hmmm! Uma delícia com uma xícara de cidra bem gelada.
Fiquei tão encantada com a Vieille Vile que resolvi voltar lá depois do jantar e percorrer todo aquele labirinto novamente. Parecia um novo lugar, totalmente diferente do que havia visto durante o dia: muitos pintores trabalhando (com uma tacinha de vinho do lado), festas nas pracinhas e muitos, muitos barzinhos lotados de gente e música animada!
Tem night pra quem aguenta também: o exclusivíssimo Le Cave du Roy (Avenue du Maréchal Foch), considerado um dos melhores clubs do mundo, e o mais popular Papagayo (Rue du 11 Novembre) são as opções de night clubs.
Pra quem prefere algo mais light, tem o Bar du Port (Quai Jean Jaurès) e também o l’Ópera (Rue du 11 Novembre). Só não vale fazer como eu fiz: resolver que vai tirar uma sonequinha antes de sair e acabar dormindo até o dia seguinte… rs
Praias de Saint-Tropez
Depois de conhecer a cidade, tirei um dia para curtir as praias. Pampelonne é a praia mais famosa, a uns 3km do centro de Saint-Tropez, e é rapidinho chegar lá de ônibus (linha 7705, € 3, 15min).
São diversos clubs e lounges ao longo da praia toda: alguns bem conhecidos como Le Club 55 (onde Brigitte Bardot frequentava) e o Nikki (atual queridinho dos ricos e famosos), onde sua conta pode chegar rapidamente aos 4 dígitos e, durante o verão, rolam festas ao entardecer.
Eu escolhi o Maison Ocoa, de decoração elegantérrima e mais vazio que os outros. A praia é uma delícia, num tom mais pra verde esmeralda que azul, e a água é bem geladinha. Conforme o dia vai passando, mais e mais iates vão chegando e formando uma linha no horizonte…
Pra quem não quiser ficar nos clubs e economizar os € 20 da espreguiçadeira, a dica é ficar no espaço público entre os clubs. Entre o Cap 21 e o KWB, tem banheiro com ducha e lanchonetes com preço justo.
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