O que fazer em Montevidéu: dicas de viagem
Depois de muitos anos esquecido pelos viajantes brasileiros, o Uruguai agora está numa fase ótima e rende uma viagem prática e relativamente em conta, cheia de coisas legais para ver e fazer.
Pra quem curte ficar em albergue ou prefere se hospedar num hotel, pra quem quer ir pros barzinhos ou procura um restaurante romântico… Aí vão algumas dicas de o que fazer em Montevidéu pra curtir a cidade do seu jeito :)
Do aeroporto ao centro de Montevidéu
Ao desembarcar no aeroporto de Montevidéu, você tem 3 opções para chegar ao centro da cidade: o ônibus comum (53 pesos, tem que ir no guichê de informações para descobrir qual a melhor linha para o bairro do seu hotel), o taxi (cerca de 1.200 pesos, dependendo do bairro) e a van (400 pesos, vai parando de hotel em hotel).
Para pegar a van, você compra o ticket no mesmo guichê da companhia de taxi. Se der sorte, pode calhar um desses motoristas que gostam de ser guias turísticos, que vão mostrando e explicando tudo pelo caminho.
Troque no aeroporto apenas o dinheiro necessário para a chegada, e deixe para procurar uma cotação melhor entre as muitas casas de câmbio da Avenida 18 de Julio. A variação de preço é muito grande – encontramos uns lugares oferendo $ 6,72 pesos por cada real, e outros oferecendo $ 8,40!
No caminho para o centro, a primeira coisa que chama atenção é como em Carrasco, bairro super rico, as casas são todas de estilos muito diferentes uma da outra. Dá a impressão de individualidade das pessoas, um tipo de cenário bem diferente do que se vê na grande maioria das cidades.
Onde ficar em Montevidéu: albergues
Meu albergue era a última parada, numa casa antiga no Centro de Montevidéu. O Ukelele Hostel é uma gracinha, bem decorado com aquele jeitinho antigo do Uruguai.
Tem uma piscina ótima (que deu vontade de voltar lá no verão) e a common room é uma sala de música, com piano, violão e ukulele pra quem quiser tocar. A disposição dos móveis facilita muito o contato entre as pessoas, é ótimo para socializar.
À noite, quando o friozinho aperta, os aquecedores e a lareira fazem o lugar super aconchegante. E a galera se reúne no bar do hostel (que vende cerveja e bebidas por preços razoáveis) pra bater papo e trocar dicas da cidade.
Tem um mercado que fica a dois quarteirões e o hostel tem uma cozinha enorme. Os donos do albergue também podem indicar bons lugares para comer (eles são super simpáticos, passamos horas batendo papo sobre arte, cinema e literatura).
Outros hostels que peguei indicação são o Che Lagarto e o Caballo Loco.
Onde ficar em Montevidéu: hotéis
Quem não quer ficar em albergue pode procurar o Bed & Breakfast Chez Mario & Solange, que tem o review completo aqui no blog.
Outra boa opção é o Regency Golf Hotel Urbano, em Punta Carretas, onde a Nanda ficou em 2013. Lindo e super confortável, tem buffet de café da manhã completo (com torta de doce de leite e outras delícias uruguaias) e uma pequena cozinha embutida na suíte.
O Regency Golf é um hotel 4 estrelas mas dá pra conseguir bons preços reservando com antecedência aqui no Booking.
Circuito do Bus Turístico
Fez bastante frio nos meus primeiros dias em Montevidéu. Andando pela cidade, eu ainda achava engraçado todas as pessoas bebendo seus mates pela rua – é tipo o chimarrão dos gaúchos, andam pra lá e pra cá com a cuia e a garrafa térmica.
Um dia à tarde, para fugir do frio, fiz o passeio do Bus Turístico, que é um ônibus de dois andares daqueles de sightseeing ($ 390 pesos).
Peguei o último ônibus, de 15:30 (horário do inverno), então eu só podia fazer o tour completo ou saltar para ficar em algum lugar.
Mas, como o ingresso é válido por 24h, eu poderia pegá-lo novamente no dia seguinte caso quisesse mais tempo em alguma parada.
Achei ótimo o passeio, tem audio guide em português e em várias outras línguas para a gente escutar a descrição à medida que o ônibus faz o trajeto pelos principais pontos de Montevidéu.
Deu pra ter uma ideia boa de como é a cidade e listar as coisas a fazer nos dias que sobraram.
Ciudad Vieja e o Teatro Solís
Aproveitei a sexta-feira para andar à pé pelo centro e ver o movimento em um dia de semana. Achei bem legal como nos prédios restaurados da Ciudad Vieja eles não têm medo de inserir elementos contemporâneos.
Fica um contraste interessante e eu achei muito bem feito. Ainda tem muitos prédios velhos, mas a impressão geral que me passou é de que a cidade está sendo bem cuidada.
A restauração do Teatro Solís é particularmente interessante (a Nanda contou alguns detalhes de lá nesse outro post). Fiz a visita guiada do Teatro em português mesmo, pra facilitar.
Gostei muito, ainda que tenha dado vontade de ver mais a parte técnica. Não resisti e comprei ingresso para a ópera que estrearia naquela noite – MacBeth, de Verdi.
Quando deu a hora do espetáculo, me arrumei e fui à pé do hostel para o teatro. O centro fica vazio mas não tive a sensação de insegurança.
Era dia de estreia da temporada de óperas do teatro e todo mundo lá dentro parecia se conhecer, as pessoas se cumprimentavam o tempo todo.
Domingo de sol no parque Rodó
No domingo, era Dia das Crianças e eu fui ao Parque Rodó (no Uruguai, o Dia das Crianças é comemorado no terceiro domingo de agosto).
Depois de tantos dias frios, finalmente esquentou um pouco, então o parque estava cheio de crianças com bicicletas novas. Passei a tarde lendo jogada no gramado, sendo aquecida pelo sol. Uma delícia!
Vale muito a pena aproveitar para conhecer o Museu de Artes Visuais, que fica dentro do parque e tem entrada gratuita.
Bares e restaurantes em Montevidéu
Para sair à noite, a Avenida Luis Alberto de Herrera tem vários barzinhos legais por volta da esquina com o Bulevar 26 de Marzo, um pouco depois do Shopping Montevideo.
Um deles é o Burlesque, que serve uma ótima comida mexicana e tem um estilo de pub.
É um bom lugar para experimentar as cervejas uruguaias – como a Patricia, que é a mais popular, ou a Zillertal, uma das melhores entre as comerciais. Quem tem paladar para cervejas fortes pode querer provar uma Davok, que tem uma variedade de Ales.
Para um jantar mais romântico, o restaurante La Fonda, na Ciudad Vieja, é uma ótima pedida.
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