Fundação Louis Vuitton, arquitetura e arte em Paris
Para os amantes da arte contemporânea e da arquitetura, a Fundação Louis Vuitton é o novo point cultural de Paris. Localizada no Jardin D’Acclimatation, área do parque Bois de Boulogne onde também há um parque de diversão e um zoológico, ela é um bom motivo para conhecer um trecho da cidade antes pouco explorada pelos viajantes: a região que fica atrás do Arco do Triunfo.
Sendo filha de arquitetos e uma apaixonada por arquitetura, sempre que viajo gosto de descobrir os projetos mais famosos da cidade. Sei que Paris possui uma infinidade deles, e dessa vez fiz questão de conhecer um dos mais recentes que é o edifício da Fundação Louis Vuitton, projetado pelo arquiteto Frank Gehry (que também assina o museu Guggenheim em Bilbao). Uma arquitetura excepcional que mais parece um navio futurista feito de vidro.
Apesar do estilo diferente, desta vez a arquitetura não foi o único motivo de polêmica em torno da inauguração, mas também a ideia de misturar arte e marketing em um mesmo empreendimento… Coisa que os franceses vêem com desconfiança, embora aqui já estejamos habituados a ver centros culturais mantidos por grandes empresas.
De hora em hora, acontecem mini-visitas guiadas de apenas 15 minutinhos, abordando algum aspecto da arte ou da arquitetura do prédio. Além da coleção permanente do presidente do grupo LVMH, Bernard Arnault, o espaço tem mostras temporárias – como a seleção de obras chinesas que esteve em cartaz no início do ano.
Até fevereiro de 2017, a Fundação recebe a Coleção Shchukin, empresário russo que adquiriu algumas das mais importantes pinturas impressionistas na virada do século passado. São obras icônicas de Monet, Matisse, Renoir, Cézanne e Van Gogh que pertencem ao Museu Hermitage de São Petersburgo e ao Museu Pushkin de Moscou. Se você curtir o Museu D’Orsay, pode incluir a Fundação Louis Vuitton na programação também!
Outra coisa que prendeu a minha atenção foi a instalação do artista plástico dinamarquês Ólafur Elíasson, “Inside the Horizon”, composta por 43 colunas de espelhos iluminados com néon amarelo, transformando o espaço em um verdadeiro jogo de luz e reflexos onde os visitantes se divertem em um grande caleidoscópio.
O artista conceitual Daniel Buren, que assina as colunas listradas do Jardim do Palais Royal, também tem uma instalação de vidros coloridos que fica bem interessante ao lado da arquitetura de Frank Gehry.
O último andar do prédio da Fundação reserva uma vista deslubrante e diferente de Paris. De lá se pode ver o maior centro financeiro da cidade, o La Défense, e o famoso Bois de Boulogne, segundo maior parque da cidade.
O ingresso para a Fundação custa 14 euros, podendo variar de acordo com as exposições temporárias. Aconselho comprar antecipadamente pelo site , já que em certos dias a fila pode ser bem grande.
Para chegar lá, o jeito mais prático é pegar a navette, um ônibus elétrico da própria Fundação que faz um trajeto de 10 minutos desde a Place Charles de Gaulle (localizada ao lado do Arco do Triunfo) direto para o museu. Parte a cada 15 minutos e a passagem custa somente 1 euro.