Instituto do Mundo Árabe, em Paris: um ponto de encontro cultural
Desde que viajei para os Emirados Árabes Unidos e a Jordânia, passei a ter um grande interesse pela cultura árabe. Aproveitei a minha última viagem a Paris para visitar o Instituto do Mundo Árabe, um grande espaço cultural parisiense dedicado à civilização árabe, mantido em parceria da França com 22 países da região entre a Ásia Ocidental e o Norte da África.
O centro cultural possui uma coleção permanente, que conta a história da civilização árabe e mostra ao público a diversidade desta cultura – religiões, multiplicidade de línguas, comportamento, etc. As coleções temporárias também são interessantíssimas, sobre os mais diversos temas.
Durante a minha visita estava em cartaz uma exposição sobre a influência do hip hop e da arte urbana na cultura contemporânea, mostrando a conexão desses movimentos com os jovens árabes de hoje em dia.
Além dos espaços para as exposições, o Instituto do Mundo Árabe também conta com um elegante restaurante libanês no 9º andar e uma imensa biblioteca para quem quiser conhecer e compreender melhor a cultura e a história os países árabes, além de salas para eventos como shows de música, projeções, encontros e debates.
O edifício, projetado pelo renomado arquiteto francês Jean Nouvel, é uma atração à parte e chama a atenção de todos que passam por ali. Seu estilo mistura a modernidade com os traços tradicionais da cultura árabe.
A fachada de vidro é inspirada em mosaicos mouros, com pequenos círculos que se abrem ou fecham ao longo do dia para controlar a entrada de luz no prédio. Do outro lado, desenhos e arabescos que lembram a caligrafia islâmica.
A visita ao instituto termina no terraço panorâmico localizado no último andar do edifício, onde fica também o restaurante.
Com uma vista incrível de Paris, é o local preferido de muitos parisienses para fugir do movimento intenso de turistas na cidade e apreciar a bela paisagem da Catedral de Notre Dame e da Île de la Cité com calma e tranquilidade. Dá pra subir até o terraço de graça, sem pagar a entrada do museu (que custa € 8).
Como é pouco visitado por turistas, tive a oportunidade de fotografar a vista sem ter que disputar espaço com ninguém! :)