Street art em Bolonha: a surpreendente cena criativa italiana
A cena de arte urbana na região da Emilia Romagna surpreende com técnicas criativas super diferentes e murais de grafiteiros italianos que ganharam o mundo. A maior parte das intervenções artísticas se encontra na capital da região, Bolonha, uma cidade universitária que borbulha de criatividade!
Logo no primeiro dia do BlogVille, resolvi começar a conhecer a cidade pelo circuito de street art. O roteiro que eu fiz a pé durou cerca de 2h – e como Bolonha não é muito grande, foi um passeio super tranquilo. Mas também é possível fazer de bicicleta, é só alugar no Demetra Social Bike por 15 euros e usar o dia todo ;)
O circuito começou na Piazza Maggiore, ponto de referência da cidade, indo em direção à Via Zamboni, na zona universitária. A Via Zamboni parece um museu a céu aberto, cheia de arte com referências políticas, como o mural assinado por Gutierrez em 1988, que retrata um cenário de terceiro mundo.
Outra descoberta foi o Giardino del Guasto, que além de ser um local onde os estudantes almoçam e ficam de boa, é um parque repleto de figuras de dinossauros do artista italiano BLU.
Depois foi hora de atravessar a cidade em direção à Porta Lame. Chegando na Via Giovanni Marconi é possível avistar as famosas #FrontierBoxes, duas casinhas pintadas pelos artistas Lokkis (francês) e Rae Martini (italiano).
E daí começa uma imersão em um bairro repleto de arte! As paredes da Via Azzo Gardino estavam cobertas de colagens do italiano Bifido para o Cheap Festival, um festival de street art que acontece em Bolonha onde artistas colam pôsteres desenhados por eles nas paredes da cidade.
Ainda dei sorte de pegar a época do Biografilm Festival, um festival de cinema que acontece todo ano em Bolonha com exibição de documentários e curtas. O Parco del Cavaticcio, onde acontecia parte das exibições, à noite ficava de pessoas curtindo o som dos DJs, com barraquinhas de comida e cerveja artesanal.
Nessa mesma área também ficam o MAMBO (Museu de Arte Contemporânea de Bolonha) e o cinema Lumière, decorado com pôsteres de Marcello Mastroianni e Anthony Quinn. As salas de exibição super charmosas também homenageiam grandes nomes do cinema, com o nome de Sala Scorsese e Sala Mastroianni.
Passando da Porta Lame encontramos os últimos murais do tour, que por sinal são os maiores! O cachorro louco é assinado pelos artistas Cuoghi e Corsello, que são lá de Bolonha mesmo, e o mural de ratinhos brancos (detestado pelos moradores locais… rs) é criação do também italiano Hitnes.
Por fim, uma das obras mais interessantes: a Árvore da Alquimia, assinada pelo artista Andreco, foi pintada em 2012 com uma tinta fotocatalítica – que é livre de agentes tóxicos e ajuda a reduzir a poluição, por ser capaz de absorver dióxido de nitrogênio. Bolonha é tão incrível que tem até street art eco-friendly :)