O que fazer em Bolonha: dicas para curtir a capital gastronômica da Itália
A Itália é um daqueles países para ser visitado de ponta a ponta! Cada região possui sua história e um charme que nenhum outro lugar do mundo tem. Mas quando o assunto é comida, tem uma região italiana que supera todas as outras: a Emilia Romagna é conhecida por servir os melhores pratos da Itália, apreciados por todos os paladares desse mundo.
Participei da 4a edição do Blog Ville Italy e passei uma semana descobrindo todos os encantos da Emilia Romagna e da cidade que me serviu de base para essa experiência única, Bolonha. Desenvolvido pelo Conselho de Turismo regional, em parceria com dois representantes do iAmbassador, o projeto Blog Ville Italy convida blogueiros de viagem do mundo todo para comer, sentir e viver como um local na Itália.
Fiquei hospedada no centro histórico de Bolonha, a Piazza Maggiore, com mais duas travel bloggers: a Lola, nigeriana que mora hoje na Suécia, e a Lucie, que é francesa. Durante toda a estadia tivemos a assistência do Nick, responsável pelo projeto, que foi um excelente anfitrião e até fez um jantar de boas vindas para a gente no apartamento!
Bolonha é de uma mistura incrível, os italianos dizem que são duas cidades em uma: de um lado estão os ricos que se dividem entre o trabalho, espetáculos de ópera e jantares nas melhores trattorias do país; do outro lado estão os jovens estudantes das mais antigas universidades do mundo, rebeldes e politicamente engajados, que dividem seu dia entre os estudos e os bares e pizzarias das ruas grafitadas da cidade.
Ela concentra suas principais atrações na Piazza Maggiore, composta pela Basílica de San Petrônio, uma das maiores do mundo; a Fonte de Netuno, com suas sereias de seios fartos e querubins; o Palazzo Comunale, sede da câmara municipal desde 1336; e o bairro histórico, conhecido como Quadrilátero, cheio de bares, lojas e restaurantes.
Nos 7 dias que passei lá, dividi bem os passeios, fiz vários bate-e-volta para visitar outras cidades da Emilia Romagna e pude desvendar os vários segredos de Bolonha – como a história de seus pórticos, que compõem 45km de arcadas pela cidade e hoje em dia são considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. É impossível não notá-los e cada um tem sua história, como o grande pórtico da Via Marsala, feito de madeira do século 13, que chama a atenção pela altura.
Naquela época, a cidade de Bolonha tinha um complexo sistema de canais, e os pórticos serviam de base para sustentar as casas em momentos de enchente. Com o tempo, os canais foram sendo cobertos e a Via Piella é um dos poucos lugares da cidade que ainda mantêm um canal. É um lugar curiosíssimo e encantador – você está caminhando por ali e, do nada, encontra um pequeno buraco na parede com vista para o antigo canal, formando uma moldura digna de pintura, como uma janela para Veneza.
A Via Piella também é conhecida pelos locais por ter um dos restaurantes mais queridos pelos bolonheses, a Trattoria dal Biassanot. Me rendi a um prato de massa fresca com prosciutto e aspargos, acompanhado de uma boa taça de Lambrusco, o vinho doce e frisante que é típico da região.
Quem quer curtir mais o lado gastronômico da viagem pode fazer uma aula de culinária italiana lá mesmo em Bolonha ou mesmo programar um passeio que vai até Modena para conhecer a produção das maiores especialidades da Emilia Romagna: o queijo Parmigiano Reggiano, o aceto balsâmico, o salame e o vinho Lambrusco. E, claro, comer os melhores gelatos italianos também faz parte da experiência :)
Bolonha pede 2 dias de viagem, fora os passeios bate-e-volta que você quiser fazer. Além de ter tempo para conhecer todo o centro histórico, aproveitar uma noite em um dos lugares mais vivos da Itália é essencial para absorver tudo o que Bolonha tem de melhor! Uma dica importante é evitar o período de férias, para poder ver o movimento que deixa a cidade mais animada e interessante. Para a hospedagem, recomendo o Albergo dele Drapperie, localizado no coração da cidade.