Giverny: clima romântico na cidade de Monet
Muita gente pensa em Paris como um destino romântico, mas o fato é que a cidade tem tanta coisa pra ser vista e visitada que não sobra muito tempo para namorar, né? Da última vez que andei por aquelas bandas descobri um jeito bem diferente de recuperar aquele romantismo gostoso, fazendo com que a viagem ficasse ainda mais encantadora.
Logo na chegada, alugamos um carrinho vermelho, no aeroporto Charles de Gaulle, e saímos direto em direção a Giverny. A cidade é bem pequena. Basicamente uma rua ‘que vai’ e outra ‘que volta’ da famosa casa de Monet e seus jardins maravilhosos.
Nos instalamos no Le Jardin des Plumes, um hotel charmoso que tem também um excelente restaurante comandado pelo chef Eric Guerín.
Como nosso vôo chegou às seis da manhã no aeroporto Charles de Gaulle, antes das 10h já estávamos no vilarejo, que fica a menos de 100 quilômetros de distância. Isso porque gastamos um tempo na retirada do carro na locadora e paramos para comer um croissant num café à beira da estrada. De viagem mesmo, foi mais ou menos uma hora e meia.
Na recepção, todos muito gentis e atenciosos, nos surpreenderam com um upgrade de quarto. Havíamos reservado um quarto simples e nos hospedamos numa enorme suíte duplex bem decorada e muito aconchegante. Marcamos o nosso jantar para as 19h e fomos ao encontro de Monet.
Caminhando um pouquinho, se chega à grande Maison. Que coisa incrível! Sentimos como se fizéssemos parte de um daqueles quadros já tão conhecidos por nós. Não dá nem pra descrever esse passeio. Só mesmo indo lá pra ver. Soubemos que Monet passou por Giverny de trem em 1883 e se encantou com a cidade, resolvendo se mudar para lá com a sua família. São muitas as histórias dos mais de 40 anos que ele viveu ali.
Foi de Giverny que Monet tirou inspiração para pintar seus mais belos quadros com tantas ninfeias, flores e cores. Pegamos um dia de primavera maravilhoso e vimos o jardim colorido como nas pinturas –é ums época linda para se visitar Giverny.
A cidadezinha tem também o Museu de Arte Impressionista, com quadros de muitos artistas que foram atraídos para lá pela presença do famoso artista. As ruas têm galerias de arte, alguns pequenos restaurantes e outros hotéis. Os fãs de Monet também podem se interessar em ver a lápide do pintor no jardim da igreja Sainte-Radegonde.
Depois do passeio, chegou a hora do nosso jantar especial no restaurante do Jardin des Plumes, “estrelado” pelo Guia Michelin. Um vinho branco especial acompanhou a refeição, que teve todas as deliciosas surpresas que um bom chef francês sabe fazer. A partir daí, o romantismo fica por conta do freguês. Clima pra isso é o que não falta.
No dia seguinte, depois de um café da manhã bem gostoso, seguimos de carro para Paris. Com um pouquinho de coragem – nada demais para quem está acostumado a dirigir em cidades como o Rio de Janeiro ou São Paulo, passamos na porta do nosso hotel e deixamos por lá nossas malas. Devolver o carro na locadora e voltamos caminhando até o hotel, em Saint German de Près.
O preço do aluguel do carro foi quase o mesmo que o preço do táxi do aeroporto até o centro de Paris, com a vantagem de termos feito um passeio lindo no meio tempo. Você também pode ir à Giverny num passeio de um dia, saindo de Paris, numa excursão ou no trem que parte da Gare Saint Lázare. Você até pode, mas acredite: não será a mesma coisa!