Grandes experiências na Turquia
Eu nunca tinha pensado em ir para a Turquia… Até que um amigo foi e eu me encantei pelas fotos e histórias de lá. Cheguei no aeroporto de Istambul ainda sem saber ao certo o que me esperava – estava lotado, com uma fila enorme pra imigração (porque tem muitos sírios indo pra lá), tudo pareceu desorganizado… Eu só pensei: o que estou fazendo aqui? Mas foi só por os pés na cidade para eu me apaixonar.
Troquei dinheiro no próprio aeroporto. Levei euro e troquei pela lira turca, que vale quase a mesma coisa que o real. Fui de taxi para o Sirkeci Park Hotel, na cidade velha – o lado europeu de Istambul, onde ficam os pontos turísticos. A parte asiática é mais moderna, mas é basicamente residencial.
O taxi na Turquia é bem barato (a corrida deu cerca de 50 liras), mas como os taxistas não falam inglês, é sempre bom levar o endereço anotado em um papel. E prepare-se para enfrentar o péssimo trânsito de Istambul, de assustar até quem está acostumado com o trânsito do Rio de Janeiro.
No primeiro dia, visitamos o lindo Palácio Topkapi, que tem uma vista incrível e exibe jóias, espadas e roupas da época otomana. Depois seguimos para a mesquita Reina Sofia, que guarda mais de 14 séculos de história dos impérios Bizantinos e Otomanos. Antes de se tornar um templo muçulmano, há 500 anos, a “Hagia Sophia” era uma igreja católica e ainda hoje abriga umas imagens de Cristo.
Passamos a tarde no Grand Bazar. Lá é ótimo para comprar ouro, prata, almofadas, tapetes, luminárias… Reserve muitas horas para andar pelo mercado e prepare-se pra negociar bastante: a barganha é uma prática comum e os vendedores gostam quando você pechincha. Use todos os seus argumentos que você consegue reduzir o preço a menos da metade.
Bem perto do Grand Bazar fica o mais tradicional banho turco da cidade: o Çemberlitas Hamami, ideal para relaxar após as compras. Todo mundo me pergunta como é o banho turco… Pelo menos o feminino é assim: você chega e recebe uma calcinha preta enorme (estilo vovó), uma toalha e uma esponja. Você guarda suas roupas em um armário, veste a calcinha, se enrola na toalha e entra em uma sauna imensa com um circulo de mármore no meio.
Depois de ser chamada para a esfoliação com a esponja, você pode ir para a banheira de hidromassagem pelo tempo que quiser. Eu optei apenas pelo banho turco tradicional, mas minha amiga ainda fez uma massagem depois e adorou.
À noite fomos para a boate Reina, a mais famosa da cidade. Se quiser jantar antes de dançar, é melhor reservar mesa. Se for só para dançar, não precisa. A entrada é 50 liras e você ganha um drink. É um night club bem grande, de frente para o rio Bósforo, perto de uma ponte que fica toda iluminada. O lugar é lindo. As pessoas não são tão animadas quanto nas festas brasileiras, mas a música é boa (pelo menos pra mim, que gosto de pop, hip-hop, dance…) e ainda morri de rir vendo os turcos cantarem e dançarem o “Tchê tchê rere” do Gustavo Lima.
No dia seguinte fomos visitar a Mesquita Azul, a mais bonita e grandiosa, com 6 torres (minaretes) que a emolduram. A mesquita na verdade se chama Sultan Ahmed, mas ficou conhecida assim por causa dos azulejos azul claro que decoram o domo principal.
Também visitamos a Cisterna de Basílica – todo mundo faz cara feia quando eu digo que fui ver uma cisterna, mas o lugar é lindo. Criada na época bizantina para abastecer a cidade de água, a construção subterrânea tem 336 colunas de mármore.
Para completar o dia, fizemos um passeio de barco pelo rio Bósforo para ver o pôr do sol do lado asiático. O passeio é bem legal e custa só 15 euros.
Falei das coisas boas da Turquia, mas também preciso dizer que não gostei da comida lá. Eu tinha ouvido falar bem, mas achei o tempero horrível e tive que apelar pro Mc Donalds. Também tomei muito picolé Kibon, que é bem barato por lá. Outra coisa: os turcos não têm os mesmos padrões de higiene que a gente… Se você tem muita frescura, pode ter problemas na Turquia.
Seguimos viagem e fomos de avião para a Capadócia (a companhia aérea AnadoluJet é ótima e barata). Como chegamos por volta das 12h, aproveitamos o resto do dia para visitar o museu a céu aberto que tem na cidade e andar um pouco nas lojinhas locais. Tive a impressão de que na Capadócia se encontram souvenirs mais interessantes e mais baratos.
No segundo dia na Capadócia, acordamos às 4h da madrugada para ir fazer um passeio de balão. O voo com a Atmosfer Balloons custa 140 euros e vale muito a pena. Cabiam 12 pessoas no balão que andei, mas em alguns cabem 23 pessoas.
Eles levam todo mundo para tomar café da manhã, antes mesmo do dia clarear. Lá de cima do balão você vê o sol nascendo e outras dezenas de balões levantando voo também. É indescritível, sensacional, só isso já valeria a viagem toda. Quando pousamos, ainda tivemos direito a um brinde com champagne!
Retornamos ao hotel às 7h30 e às 9h30 partimos para um outro passeio, com a New Goreme Tour. Neste conhecemos a cidade subterrânea de Derinkuyu, além dos os cânions e vales da região.
Já eram umas 17h quando chegamos de volta do tour. Foi então que o Mustafá, dono do Arch Palace (hotel bem simples onde ficamos) se ofereceu para nos levar ao sunset point, um lugar lindo para ver o pôr do sol. E foi assim nos despedimos deste país que me marcou tanto.