5 cafés que vão te levar de volta à Belle Époque

Croissant, chocolate quente, mil folhas, café, bombom. Eu normalmente não sei dar dicas de restaurantes porque sempre viajo com dinheiro contado e não costumo frequentar os lugares chiques. Mas quando se trata de lanches e doces, eu capricho!

Adoro experimentar os doces locais e fico encantada quando encontro uma daquelas confeitarias tradicionais e lindas para tomar um chá da tarde bem completo.

Cafe Tortoni

Fiz uma pequena seleção de alguns dos mais charmosos cafés do mundo, no estilo da Confeitaria Colombo aqui do Rio de Janeiro. Vale a pena incluir essas delícias no seu roteiro de viagem!

Café Majestic, no Porto

Rua Santa Catarina, 112

Este tradicional café de 1921, no centro do Porto, é um bom endereço para experimentar as iguarias portuguesas. Se ficar difícil escolher, peça a “Sinfonia de doces tradicionais”, que além do famosíssimo pastel de nata (que nós, brasileiros, chamamos de Pastelzinho de Belém), também apresenta o pudim abade de Priscos, ovos-moles de Aveiro, toucinho-do-céu e sorvete de limão.

Portugal - Cafe Majestic Porto - Foto Jose Luis Gil

Entre os sanduíches, o destaque é a “francesinha” (que, apesar do nome, me parece não guardar qualquer semelhança com a culinária francesa).

Recheada com linguiça, salsicha, presunto e bife, a francesinha é toda coberta com fatias de queijo e molho a base caldo de marisco, carne e cerveja (algumas versões também levam vinho do Porto).

Francesinha

É uma bomba calórica, eu sei, mas é super popular entre os portugueses e pode ser encontrada em quase todos os bares da cidade. Já ouvi dizer que o tal sanduíche foi inventado no Café Majestic, mas há controvérsias.

Gerbeaud, em Budapeste

Vörösmarty tér 7-8

Um dos mais tradicionais cafés da Europa, com uma história que começou em 1858, a Gerbeaud fica na linda praça Vörösmarty, no centro de Budapeste. Essa é uma daquelas praças movimentadas, um ótimo lugar para ver as pessoas passarem e, com sorte, ouvir bons músicos de rua.

051-Pest-Mihály Vörösmarty tér-pâtisserie Gerbeaud

Dizem que a rainha Sissi, do Império Austro-Húngaro, frequentava a Gerbeaud – apesar de sua obsessão com o peso. Acho que nem ela resistia às deliciosas tortas de lá.

Vale experimentar a Dobos (torta de chocolate em várias camadas), a Esterházy (torta de creme com massa de avelã, também em camadas) e a Gerbeaud Slice (creme de nozes, geléia de damasco e chocolate amargo).

Hungarian Kreme at Gerbaud

Outra especialidade é Galuska, uma sobremesa típica da Hungria, com massa de passas ao vinho (Tokaj Aszú) e molho de chocolate francês, polvilhado com pedacinhos de nozes.

Café Tortoni, em Buenos Aires

Avenida de Mayo, 825

Antes frequentado por escritores, músicos e grandes personalidades da intelectualidade portenha, o Tortoni hoje em dia tem fila de turistas à porta. O café se mantém fiel ao estilo Art Nouveau da época de sua inauguração, em 1858, com lustres, espelhos e peças de mármore.

Cafe Tortoni

À noite, há shows de tango em dois salões do Café – no repertório, as músicas mais conhecidas do gênero argentino. Quando eu fui, a qualidade do som deixou um pouco a desejar, mas conheço outras pessoas que gostaram muito da apresentação.

Para o lanche, um sanduíche de pão de miga, um “submarino” (chocolate derretido no leite quente) e um pratinho de churros com doce de leite são boas pedidas. E por que não um alfajor também?

Cafe Tortoni

Café Sacher, em Viena

Philharmonikerstrasse 4

Esse é o lugar para provar a Torta Sacher original, com a mesma receita que foi criada na Áustria em 1832. Dependendo do horário, pode haver fila por uma mesa, mas acredite: vale a pena. Tradicionalmente servida geladinha e com chantilly, a torta tem uma massa leve (não leva farinha) de chocolate amargo e é recheada de geleia de damasco.

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Não faltam receitas na internet e confeitarias pelo mundo tentando reproduzir a especialidade austríaca, mas nada se compara à que é feita no café do Hotel Sacher – o sucesso é tanto que o Hotel produz 270 mil tortas por ano e até vende online. Também há filiais do café nas cidades de Salzburg, Graz e Innsbruck.

Angelina, em Paris

226 Rue de Rivoli

Que lugar do mundo entende mais de cafés charmosos do que Paris? Sob as arcadas da Rue de Rivoli, atrás do Museu do Louvre, está o salão de chá que ficou famoso pelo “melhor chocolate quente de Paris”. Fica a dica para quem vai viajar durante o inverno!

Angelina

Desde que foi inaugurado, em 1903, o Angelina foi frequentado por grandes personalidades francesas como Marcel Proust e Coco Chanel.

Se quiser levar um pouquinho desse glamour para casa, aproveite para comprar um chocolate instantâneo ou em caixinha longa vida na loja da confeitaria. Outro clássico do Angelina é o bolinho Mont Blanc (com merengue, chantilly e cobertura de creme de castanha).

Angelina, Paris

Para o café da manhã costuma ter menos fila do que para o lanche da tarde. Também há outros endereços menos concorridos no Palais de Congrès, no Petit Trianon, no Palácio de Versailles e até uma filial em Tóquio!

Tem muitos outros na minha lista para visitar um dia, como o Café Imperial, em Praga, e o Caffe Florian, em Veneza.
E aí, aceita um chá?


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