Mosaicos marroquinos: as atrações mais lindas de Marrakech
Os mouros foram responsáveis por um dos maiores tesouros do Marrocos: o zellige. É uma espécie de azulejo, um ladrilho com padrões geométricos que surgiu no século X se tornou ícone da arquitetura marroquina.
O zellige (como a grafia dos fonemas árabes é complicada, também foi transcrito como zillij ou zellij) é o que dá cores a Marrakech, contrastando com a argila que domina a “cidade ocre” e enfeitando paredes, tetos e fontes.
O uso de formas geométricas foi um jeito que os artistas islâmicos encontraram para evitar a representação de seres vivos, proibida pela religião. Os elementos da escrita cúfica (aquelas letrinhas árabes) também são usados como ornamentos.
Medersa Ben Youssef
A Medersa Ben Youssef é um exemplo dessa tradição. A antiga escola religiosa, fundada no século 15, tem um lindo pátio ornamentado com mosaicos.
O Rub El Hizb é uma figura recorrente: uma estrela de 8 pontas que é um símbolo islâmico usado tanto em bandeiras e emblemas como na escrita, para marcar o final de um capítulo em caligrafia árabe.
Construída no século 14, a Medersa foi reformada pelos saadianos no século seguinte, quando ganhou os ornamentos arquitetônicos que tem hoje. O estuque na madeira de cedro é impressionante, parece uma renda! E fica ainda mais lindo ao lado dos mosaicos de azulejo.
Museu de Marrakesh
Imperdível também é o Museu de Marrakech – definitivamente, uma obra de arte. Quem vê a fachada, tão simples pelo lado de fora, não consegue imaginar a riqueza dos detalhes nesse antigo palácio.
Confesso que olhei mais para as paredes, portas e pisos do que para as peças em exposição. O gigantesco lustre no meio do salão principal também merece destaque. Até o banheiro do museu é lindo, com arcos árabes em torno do espelho e a porta em madeira talhada.
Palácio Bahia
O Palais Bahia, por outro lado, recebeu algumas críticas. O palácio de 8 mil m2 foi construído no fim do século 19, pelo então Grand Vizier do Sultão, que era um cara de origem pobre mas que tinha subido ao poder e agora queria ter o palácio mais imponente de todos.
No fim das contas, o Palais Bahia foi considerado meio cafona e não conseguiu o mesmo acabamento luxuoso das construções consagradas da cidade. Quando eu visitei, achei interessante mesmo assim – especialmente por causa do teto todo trabalhado.
Tumbas Saadianas
As Tumbas Saadianas datam do século 16, mas só foram redescobertas em 1917. Trata-se de um mausoléu para abrigar os túmulos de cerca de 60 membros da Dinastia Saadi.
O salão mais bonito é um que tem doze colunas, todas devidamente ornamentadas com zellige e detalhes talhados em madeira de cedro.
A riqueza é tanta que há inclusive peças em mármore italiano. Mas a parte mais famosa do monumento é o jardim com os túmulos dos soldados e servos dos Saadi.
Nesse jardim estão três grandes clássicos dos cenários de Marrakech: os coloridos mosaicos, as paredes de argila… e as simpáticas árvores de tangerina.
Ficou com vontade de ir? Então leia esse post aqui com tudo o que você precisa saber antes de viajar pro Marrocos.